O foquim era um recipiente em madeira
utilizado pelos pescadores para levarem as suas refeições durante a faina do
mar. Cada pescador possuía o seu foquim mas, como a maioria não sabia ler, para
o identificar, pintava símbolos e decorações mais ou menos ingénuas, onde
sobressai o gosto pelas cores vivas. Se alguns se limitam a manchas e formas
coloridas, que correspondem às cores dos seus proprietários, outros foquins
ostentam motivos temáticos e narrativos que os tornam em verdadeiras obras de
arte popular, muito para além do seu conteúdo funcional…de facto, de objecto
essencialmente funcional e utilitário, eterno “companheiro do pescador quando
vai ou regressa do mar”, o foquim acabou por se tornar num adereço decorativo
do traje tradicional do pescador, o que motivou a promoção de vários concursos
anuais nas décadas de 1950 e 1960, nomeadamente no mês de Abril, na altura da
Páscoa (“Avril au Portugal”). Segundo o catálogo do V Festival do Trajo da
Nazaré (1963), que incluía a 5ª edição do Concurso de Foquins, "cada
foquim é pintado a 'ripolan', por dentro e por fora, e cada pintura é a
expressão estética, emocional ou artística do seu possuidor". Pelo artº2
do Regulamento, podiam entrar neste concurso "todos os pescadores que
sejam portadores de foquins pintados com motivos marítimos". Hoje, ainda
se encontra disponível no artesanato local, sobretudo sob a forma de miniaturas
ornamentais.
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